Triagem Auditiva Neonatal Universal
A perda auditiva em crianças é um problema silencioso, com repercussões graves no desenvolvimento da fala, cognitivo e educacional.
A triagem auditiva neonatal tem como objetivo detectar perda auditiva no recém-nascido permitindo o diagnóstico, manejo e reabilitação precoces – o que deve acontecer idealmente até os 6 meses de vida.
É de extrema importância que todas as crianças realizem a triagem auditiva ao nascimento uma vez que a prevalência da deficiência auditiva é relativamente alta, mesmo para bebês que não tem histórico de risco para perda auditiva.
A incidência da perda auditiva em recém-nascidos varia de 1 a 6 para cada 1000 recém-nascidos. Já para os neonatos que ficaram internados em UTI essa incidência sobe muito, variando de 10 a 40 para cada 1000.
A prevalência da perda auditiva é considerada elevada se comparada a outras doenças que costumam ser triadas no teste do pezinho, compare:
- Fenilcetonuria 1 alterado para cada 10.000
- Anemia Falciforme 2 alterados para cada 10.000
- Surdez 30 alterados para cada 10.000
Crianças com Alto Risco de Perda Auditiva
São considerados bebês com indicadores de risco para deficiência auditiva aqueles que apresentarem os seguintes fatores em suas histórias clínicas:
- Antecedente familiar de surdez desde a infância- hereditariedade.
- Consanguinidade entre os pais.
- Prematuridade
- Permanência na UTI neonatal
- Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, HIV).
- Anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso temporal.
- Síndromes genéticas (Waardenburg, Alport, Pendred, entre outras).
- Infecções bacterianas ou virais pós-natais como citomegalovírus, herpes, sarampo, varicela e meningite.
- Traumatismo craniano
- Quimioterapia