Cirurgia das Glândulas Salivares
As glândulas salivares são divididas em maiores e menores e possuem a função de produzir e secretar saliva para a cavidade oral, auxiliando na digestão. As maiores abrangem três pares: parótidas, submandibulares e sublinguais. E as menores se distribuem ao longo da mucosa da cavidade oral.
GLÂNDULA PARÓTIDA:
A glândula parótida é a maior das glândulas salivares, localizada entre a orelha e a bochecha, com sua porção inferior na parte superior do pescoço. O nervo facial e seus ramos, em seu trajeto, passam pelo interior da glândula. Este nervo é responsável pela movimentação dos músculos da face e divide a parótida em lobo superficial e profundo.
A manipulação cirúrgica do nervo facial pode levar à alteração temporária ou permanente da musculatura responsável pela movimentação da face. A monitoração intra-operatória do nervo facial pode prevenir injúrias neurais, tornando o procedimento mais rápido e seguro.
Os nódulos são comuns nesta glândula e aproximadamente 75% são benignos. O sintoma mais frequente é a percepção de um nódulo na região parotídea. A investigação dos nódulos geralmente se inicia com Ultrassonografia cervical, seguida, com frequência, por punção guiada para a análise citológica (PAAF). O tumor benigno mais comum é o Adenoma Pleomórfico ou Tumor Misto Benigno.
O tratamento geralmente é feito pela ressecção cirúrgica parcial ou total da glândula. A cirurgia da parótida, chamada de Parotidectomia, é realizada com anestesia geral. A depender de cada caso, a cirurgia pode ser parcial (superficial ao nervo) ou total, tendo como principal objetivo a remoção da lesão com a conservação do nervo facial.