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Tireoidectomia (Cirurgia da Tireóide) - Dr. Alexandre César

Tireoidectomia (Cirurgia da Tireóide)

A glândula Tireoide

A tireoide é uma glândula com um formato que lembra uma “borboleta”, e se localiza na região anterior e inferior do pescoço, sendo responsável pela secreção de dois hormônios: a triiodotironina (T3) e tireoxina (T4) que regulam basicamente como o corpo usa e armazena energia, ou seja, regulam o funcionamento do nosso metabolismo.

 

Principais indicações da Tireoidectomia

Está indicada para casos de alterações fisiológicas ou anatômicas da glândula tireoide.

As indicações absolutas são por câncer de tireoide ou suspeita de malignidade, tireoide de tamanho aumentado comprometendo a respiração ou deglutição, excesso de funcionamento da glândula acarretando outros distúrbios (hipertireoidismo).

A indicação estética devido ao aumento da glândula é relativa.

 

Nódulos Tireoidianos

O surgimento de nódulos nesta região é bastante frequente e podem ser classificados como benignos ou malignos. Uma das principais formas de identificação destes nódulos é através do autoexame, que é feito através da observação e palpação do pescoço.

Hoje é cada vez mais comum a descoberta de nódulos tireoidianos em ultrassonografias cervicais de rotina solicitadas principalmente por endocrinologistas, ginecologistas e cardiologistas. Todo nódulo tireoidiano deve ser avaliado por um especialista, no entanto, é importante saber que nódulos na glândula tireoide são muito comuns, aproximadamente 95% dos nódulos são benignos.

 

Como é feita a avaliação do Nódulo Tireoidiano?

O diagnóstico é feito essencialmente pela palpação do pescoço associada à ultrassonografia, além de biópsia do nódulo, realizada através de punção aspirativa com agulha fina, ou PAAF, que retira células ou fluidos para análise laboratorial nos casos indicados:

 

Ultrassonografia da Tireoide

Uma ultrassonografia da tireoide com doppler colorido avaliará as características do nódulo como tamanho, se é sólido, cístico ou misto, seu aspecto em relação ao tecido da glândula, se suas bordas são bem delimitadas ou não, seu padrão de vascularização e se possui microcalcificações.

Esses achados à ultrassonografia nos norteiam no pedido da punção biópsia por agulha fina (PAAF), visto que nem todo nódulo necessita ser biopsiado, e em geral estes podem ser observados com consultas e USG periódicos.

 

Punção Biópsia Aspirativa de Nódulo de Tireoide (PAAF)

Na Punção Biópsia Aspirativa com Agulha Fina (PAAF), uma agulha fina é inserida dentro da glândula tireoidiana, sendo guiada pela ultrassonografia, aspirando ou succionando células e/ou liquido de nódulos tireoidianos. A amostra obtida é então avaliada para excluir ou afirmar a presença de células cancerosas.

Apesar de ser um procedimento seguro e simples, pode ocorrer desconforto e dor discretos, em alguns casos pode ser utilizada anestesia local.

 

Interpretação dos resultados da PAAF

Atualmente a PAAF segue a classificação de Bethesda:

  • Bethesda I: material insuficiente;
  • Bethesda II: benigno;
  • Bethesda III: atipia de significado indeterminado (pode ser benigno ou maligno, em geral risco de malignidade de até 15%);
  • Bethesda IV: suspeito para neoplasia folicular (pode ser benigno ou maligno, em geral risco de malignidade de até 30%);
  • Bethesda V: suspeito para carcinoma (chance de ser realmente maligno excede 90%);
  • Bethesda VI: compatível com carcinoma (chance de ser realmente maligno praticamente 100%).
 

Câncer da Tireoide

No Brasil, o câncer da tireoide é considerado o 5º tipo mais comum.

A doença afeta predominantemente indivíduos na faixa etária de 25 a 65 anos, e, em sua maioria, as mulheres, principalmente acima de 35 anos.

Os tipos mais comuns de câncer de tireoide são os carcinomas papilares (50% a 80% dos casos) e os carcinomas foliculares (10% a 40% dos casos).

Na maioria dos países, as taxas de incidência vêm mostrando um padrão de crescimento lento, porém contínuo durante as últimas décadas.

Tanto o carcinoma papilífero quanto o folicular costumam ser assintomáticos nas fases iniciais. É comum, entretanto, o aparecimento de nódulo palpável ou visível.

Constatado o câncer de tireoide, o tratamento é basicamente cirúrgico e consiste na retirada da glândula tireoide, chamado de tireoidectomia.

Após a cirurgia pode ser necessário a iodoterapia dependendo do estágio do tumor e idade do paciente. As taxas de mortalidade apresentam queda continuada na maioria das populações, tal fato deve-se, provavelmente, à melhoria do tratamento.

 

A Cirurgia da Tireoide

A tireoidectomia é realizada sob anestesia geral. A depender de cada caso, a cirurgia pode ser parcial (remoção de um dos lobos com o istmo da glândula) ou total. O paciente permanece internado por 24 a 48h.

Nas tireoidectomias totais, exames sanguíneos são obtidos no pós-operatório para avaliar a necessidade reposição de cálcio após a alta hospitalar.

Em relação à complicações, que serão descritas abaixo, alterações da voz e hipocalcemia (baixos níveis de cálcio no sangue) são as mais temidas.

Atualmente, existe a possibilidade de realizar a Monitoração Intra-Operatória dos nervos laríngeos, com a finalidade auxiliar na localização e avaliar a integridade do nervo por meio do estudo da contração da prega vocal.

As alterações relacionadas com o nível de cálcio no sangue no pós-operatório se devem à manipulação das glândulas paratireoides, produtoras do paratormônio, um dos hormônios relacionados ao metabolismo do cálcio.

 

Complicações

Após a cirurgia poderão ocorrer:

Febre e Dor – Podem surgir febre e dor reflexa ou na área operada e devem ceder em poucos dias.

Infecção e Abscessos – Raramente ocorrem e devem ser controlados com curativos e antibióticos, por vezes realizar drenagem é necessário. Podem ocorrer infecções à distância, por exemplo, respiratória, urinária ou digestiva.

Hemorragia – É rara, podendo ocorrer nas primeiras horas ou dias após a cirurgia, e nos casos de maior volume, indica-se reintervenção cirúrgica, podendo ser necessária reposição de líquidos ou sangue e outros hemoderivados para seu controle. A morte por hemorragia é uma complicação extremamente rara.

Dificuldade Respiratória – Pode ocorrer no pós-operatório imediato, decorrente da paralisia do nervo laríngeo recorrente que, mesmo quando cuidadosamente manipulado, pode apresentar disfunções temporárias ou definitivas e em casos graves, pode exigir a realização de traqueostomia de emergência (abertura de um orifício na traqueia para colocação de uma cânula).

Alterações Hormonais – Podem ocorrer no pós­operatório, na dependência da possibilidade de preservação e da vitalidade do tecido produtor do hormônio (tireóide ou paratireóide).

Tais consequências podem ser simples ou graves, de fácil, moderada ou difícil compensação com medicamentos. Na tireoidectomia total será necessária a tomada de medicação hormonal continuamente e indefinidamente.

Pode ser necessária medicação para reposição de cálcio, uma vez que, em alguns pacientes, pode haver uma queda do cálcio no sangue devido a alterações nas glândulas paratireoides, por mais criteriosa que seja a cirurgia.

Paresias, Paralisias, Alterações da Voz, da Fala ou Deglutição – Podem ocorrer devido a alterações nos nervos tais como o laríngeo superior ou recorrente, mesmo quando cuidadosamente manipulados podem apresentar disfunções temporárias ou definitivas.

Quelóides – São processos cicatriciais intrínsecos do paciente que deixam uma cicatriz grosseira similar há um cordão fibroso. Costumam ocorrer mais frequentemente em pacientes da raça negra, porém, podem acometer a qualquer paciente.

Dr. Alexandre César

- Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG em 1996.

- Especialista em Cirurgia de Cabeça a Pescoço pelo Instituto do Câncer de Minas Gerais (Hospitais Mário Penna e Luxemburgo).

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